Sobre a temática em causa pretendia-se que através do fórum e dos blogues realizassemos as nossas reflexões. Deste modo, apresento as reflexões que realizei no fórum. No entanto desenvolvi outras aqui no blogue.
![]() | Re: Design-Based Research (DBR)- a discussão. |
Bom trabalho Natália! Já fiquei a saber um pouco mais sobre DBR! ![]() Saudações |
![]() | Re: Design-Based Research (DBR)- a discussão. |
Olá a todos: O Jorge apresentou aqui dois aspetos que poderão em determinadas situações colocar em causa a realização de uma investigação com base no modelo DBR e que me fez refletir com uma situação prática. A primeira está relacionada com a transposição dos resultados para outros contextos, isto é, a dificuldade em ampliar os resultados de uma investigação que foi desenvolvida num ambiente próprio e até específico para outros contextos muito diferentes. Este aspeto tem sido usado por muitos especialistas para desvalorizar este modelo e até equacionarem os resultados de investigações com base no modelo DBR. O colega Jorge colocou aqui um exemplo muito simples - professor de uma disciplina, em principio na mesma escola, portanto um ambiente muito específico e comum, mas que obriga a ter estratégias muito diferenciadas entre turmas - é um claro exemplo que quando a transposição dos resultados é colocado em ambiente escolares diferentes, inseridos em contextos sociais diferentes, a sua aplicação poderá não ocorrer da mesma forma. Nestes casos, deverá o investigador ao mesmo tempo que vai desenvolvendo e até reformulando os resultados das pesquisas procurar achados que transcendam o contexto imediato do estudo e que passem a servir de base a outros projetos, investigações ou a encontrar aspetos standarizados para outros contextos.Apesar do modelo partir da ideia de intervir e alterar as práticas dos docentes, a mesma só fará sentido, num contexto mais generalizado e onde seja possível implementar em contextos muito diferentes os resultados obtidos e refletidos de uma determinada investigação - que resultou numa nova prática de trabalhar. No entanto, tal como, o Jorge aqui exemplificou e bem com o seu exemplo prático, uma investigação a realizar-se com as suas várias turmas, com a implementação de atividades e estratégias tão diferentes implicarão um número elevado de variáveis a estudar e como tal o tratamento desses dados por parte do investigador será complexo e até demorado. Esta complexidade poderá aumentar caso seja necessário reformular e realizar novas implementações em contexto real. A par disto, existe uma clara necessidade da reformulação das aulas e do trabalho com as respetivas turmas por parte do docente com todas as implicações que conhecemos em termos de cumprimento do programa curricular, das interações, da organização do trabalho etc . Tudo isto pressupõe que investigações com base no modelo DBR só farão sentido com professores que estejam dispostos a romper com os modelos tradicionais e com as rotinas de aulas e assumir riscos, “… Esta abordagem centra-se não só na aprendizagem pelos alunos ou nas propriedades de um artefato, mas também nos conhecimentos do professor (eg. sobre linguagem científi ca, sobre o uso de investigações, sobre as TIC) num contexto autêntico de sala aula (JUTTI; LAVONEN, 2006), na vontade deliberada de romperem com as suas rotinas de sala de aula e de correr o risco de implementarem estratégias diferentes daquelas que põem em ação habitualmente (LOUGHRAN, BERRY; UMLHALL, 2006).” Até já. Lisete |
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